Isabel Jonet alerta para tempos difíceis e intolerantes

A presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, Isabel Jonet, alertou hoje para os "tempos difíceis" e "intolerantes" que se vivem em Portugal, nomeadamente com a liberdade de expressão e opinião a ser ameaçada.
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Isabel Jonet foi a oradora convidada para proferir o discurso de homenagem aos combatentes na cerimónia que hoje decorreu em Lisboa, até porque a Comissão Executiva das cerimónias decidiu recordar este ano o papel desempenhado pelas mulheres.

"Constrangimentos com que alguns, nestes tempos difíceis e, estranhamente de novo intolerantes, que se vivem no nosso país, pretendem condicionar quem quer se seja e a propósito do que quer que seja, designadamente quando está em causa o exercício livre do mais elementar direito à intervenção cívica", afirmou a responsável do Banco Alimentar.

Questionada pelos jornalistas no final da cerimónia, Isabel Jonet escusou-se a concretizar ao que se referira, mas reiterou que a liberdade de expressão pode estar ameaçada.

"Hoje, algumas liberdades parecem até estar ameaçadas por pessoas que, com convicções diferentes, não deixam a todos manifestar-se por aquilo em que acreditam", frisou.

Sobre a situação do país, considerou que Portugal atravessa "um momento muito difícil", apelando à união para "manter a liberdade e independência" que foi conquistada ao longo dos séculos.

"É momento de encarar com realismo que temos de estar juntos porque a situação assim o exige. (..).Penso que há solução à vista e, apesar de tudo, já se nota alguma diferença na situação atual", disse.

Em relação a ex-combatentes a viverem em situações de dificuldade económica, Isabel Jonet admitiu que o Banco Alimentar apoia associações que estão a auxiliar antigos combatentes.

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