IP3 reaberto ao trânsito e quase 6000 bombeiros no terreno
A circulação automóvel no Itinerário Principal 3 (IP3) entre Viseu e Coimbra foi reaberta esta manhã, mas o troço entre Coimbra e Penacova continua condicionado, informou a GNR.
De acordo com fonte da GNR, a via está aberta e transitável, depois dos problemas registados durante a noite de domingo, sobretudo, quando milhares de pessoas se aglomeraram naquele trajeto.
Em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, saiu depois das 08:00 da manhã o primeiro dos autocarros retidos desde domingo no Centro Coordenador de Transportes, disse ao DN fonte daquela infraestrutura.
Pelo menos sete autocarros e dezenas de passageiros ainda estão a aguardar indicação para partir em direção a locais como Castelo Branco, Viseu, São Pedro do Sul, Oliveira de Frades, Covilhã ou Fundão, adiantou a mesma fonte,
Ao início desta manhã estavam cerca de 6000 homens no terreno a combater as chamas em todo o país, apoiados por cerca de 1800 veículos, após um fim de semana com seis mortos, casas ardidas e famílias realojadas.
Segundo os dados disponíveis pelas 07:30 na página da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), são 22 os incêndios mais importantes.
O que mais meios mobiliza, com 659 bombeiros, é o que lavra há 24 horas na freguesia de Lousã e Vilarinho, na Lousã (Coimbra).
Centenas de incêndios deflagraram no domingo causando pelo menos seis mortos, 25 feridos, povoações evacuadas e casas destruídas.
No primeiro 'briefing' do dia, a adjunta nacional de operações da Proteção Civil Patrícia Gaspar disse que domingo, 15 de outubro, "foi o pior dia do ano em matéria de incêndios".
Durante o dia de domingo registaram-se 443 incêndios, sendo que os distritos mais afetados foram Aveiro (com 56 fogos), Braga (com 38), Coimbra (com 25), Porto (com 120 incêndios) e Viseu (com 36).
O primeiro-ministro, António Costa, disse manter a confiança na ministra da Administração Interna, posição tomada no Comando Nacional de Operações de Socorro da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Oeiras, tendo ao seu lado a ministra, Constança Urbano de Sousa.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, solidarizou-se com as populações e defendeu que "se analise" o que aconteceu este ano em Portugal no que diz respeito aos incêndios.
Os fogos que estão em curso desde domingo provocaram pelo menos seis mortos: duas pessoas morreram em Penacova (distrito de Coimbra), uma na Sertã (distrito de Castelo Branco) e duas em Oliveira do Hospital. Uma sexta vítima mortal foi registada em Nelas (Viseu), tratando-se de uma pessoa que estava dada como desaparecida.
Em Nelas, outra pessoa continua desaparecida.