Iogurte que causou queimadura mortal foi caso isolado
"Trata-se de um problema ao nível de contaminação do produto, um iogurte, não tem a ver com a marca, o produto em si ou o fabricante. É um caso de contaminação a posteriori e de forma isolada", disse fonte da PJ, adiantando que não se verificaram outros problemas semelhantes.
Segundo a mesma fonte, o resto do iogurte que foi ingerido pelo funcionário da empresa Fisipe, no Barreiro, e que lhe provocou queimaduras foi recolhido pelas autoridades para ser analisado no laboratório da polícia científica.
"A investigação está em curso e as hipóteses de contaminação por acidente ou homicídio estão em aberto", disse, recusando avançar qual o produto que provocou as queimaduras.
No dia 6 de dezembro, Álvaro Leite, de 43 anos, queixou-se de dores fortes após beber um iogurte, tendo sido transportado ao hospital do Barreiro e, mais tarde, para o hospital de São José, em Lisboa.
O operário químico da Fisipe, empresa de fibras sintéticas, onde ocorreu o acidente, acabou por morrer no dia 16 de dezembro devido a complicações causadas pelos ferimentos.
"No dia 06 de dezembro, pelas 17:30, um operador químico da Fisipe queixou-se de um ardor muito forte na garganta após ter alegadamente ingerido uma substância ainda desconhecida. A Fisipe contactou imediatamente o Serviço Nacional de Urgência e o colaborador foi transportado de ambulância para o Hospital do Barreiro", referiu a empresa, em comunicado enviado à Lusa.
O cadáver de Álvaro Leite foi autopsiado hoje de manhã no Instituto de Medicina Legal de Lisboa, por ordem do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, referiu fonte do instituto à Lusa.
O funeral realiza-se na quinta-feira, pelas 11:00, para o Cemitério do Lavradio.