Investigação saudita admite que o jornalista Jamal Khashoggi "morreu após luta" no consulado
A procuradoria da Arábia Saudita reconheceu esta sexta-feira que o jornalista saudita residente nos EUA Jamal Khashoggi morreu no consulado do país em Istambul (Turquia) na sequência de uma luta.
A informação foi avançada pela televisão estatal saudita, segundo a qual 18 cidadãos da Arábia Saudita foram detidos como suspeitos, numa investigação que está ainda em curso.
Os investigadores, segundo a mesma fonte, ilibaram o diretor adjunto dos serviços de informações, Ahmad al-Assiri, bem como Saud al-Qahtani, o conselheiro do príncipe Mohammed Bin Salman, noticia ainda a BBC.
Estes dois homens chegaram a ser dados como envolvidos no caso pelos media internacionais, que citavam fontes turcas.
Ao ilibá-los, a investigação afasta o caso do príncipe Mohammed Bin Salman, conhecido como MBS, o escolhido para subir ao trono do país.
Esta é, de qualquer forma, a primeira vez que a Arábia Saudita admite a morte de Jamal Khashoggi, colunista do jornal americano Washington Post e ativista pelos direitos humanos no seu país natal.
A última vez que foi visto estava a entrar no consulado saudita em Istambul onde fora buscar documentos necessários para se casar.