"Instituições sociais devem ter rotatividade na gestão"
Uma maior rotatividade nos órgãos de gestão é um dos fatores importantes para a dignificação das empresas da Economia Social, defendeu o eurodeputado do PRD Marinho e Pinho, no qual foi acompanhado por Silva Peneda, economista e conselheiro da Comissão Europeia, esta manhã no ciclo de conferência que assinala os 153 anos do DN.
O encontro faz parte do conjunto de iniciativas que, entre segunda-feira e amanhã, assinalam o aniversário do Diário de Notícias, que faz 153 anos a 29 de dezembro. "Concordo que devia haver rotatividade nos dirigentes. Impressiona-me quando vejo que há pessoas que estão 30 anos à frente de uma instituição, não é bom nem para a instituição nem para a própria pessoa", disse Silva Peneda. Uma alusão ao caso Raríssimas, instituição que o Ministério Público está a investigar por alegadas irregularidades na gestão e que já levou ao pedido da demissão da presidente e do secretário de Estado da Saúde.
Os acontecimentos recentes não foram referidos especificamente mas estiveram subjacentes na conferência que teve como tema "A Economia Social e o Emprego", uma proposta de discussão à luz do que a Europa está a fazer e de como esta se está a reorganizar num mundo cada vez mais digitalizado, a afirmação da quarta revolução. E pediu-se uma maior intervenção do Estado, nomeadamente no seu papel de fiscalização e acompanhamento das instituições que integram o setor da Economia Social, completando o tecido empresarial, ao lado do setor público e privado.
"Deve haver um equilíbrio entre a intervenção do Estado e o dinamismo da sociedade no seu todo. A tendência será para a diminuição da contribuição social do Estado mas aumentando a capacidade fiscalizadora e reguladora". disse Marinho e Pinto.