Infraestruturas de Portugal admite insuficiência de verbas na rede rodoviária

António Laranjo afirmou que "há, de facto, um desinvestimento que se notou"
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O presidente da Infraestruturas de Portugal (IP) admitiu hoje serem insuficientes as verbas para o investimento na rede rodoviária, garantindo que a "exigência em matéria orçamental" que o seu Conselho de Administração defende já foi transmitida à tutela.

Na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, o deputado comunista Bruno Dias referiu uma "paralisação brutal de investimento, de conservação e de manutenção que levou a necessidades e exigências mais flagrantes da rede para o presente e para o futuro".

Em resposta, António Laranjo afirmou que "há, de facto, um desinvestimento que se notou", acrescentando existirem "matérias que são consequências dos últimos anos que este país viveu" e que as verbas destinadas à rede rodoviária têm estado em "linha com o anterior".

"Se me perguntar se são suficientes: não são suficientes. Têm que retomar a outros níveis, temos que naturalmente nos colocar mais exigentes. A exigência deste Conselho de Administração tem sido transmitida à tutela em matéria orçamental", garantiu.

O líder da IP garantiu o "esforço muito significativo no que diz respeito à rede rodoviária" e notou o muito que foi feito em conservação e limpeza. No entanto, acrescentou, "seguramente, muita coisa há por fazer, o que tem implicações com as verbas destinadas para essa matéria".

Sobre o aumento de contratação de serviços externos, António Laranjo justificou com o "aumento das atividades de conservação" e de cobrança de portagem.

António Laranjo revelou ainda haver autorizações para admissões, depois de explicar que o trabalho extraordinário registado é "consequência da falta de meios e de uma exigência que se tem tido".

A 'luz verde' para admissões chegou para "áreas que atualmente estão muito sobrecarregadas, nomeadamente o centro de controlo de circulação".

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