Infanta Cristina assinou contrato fraudulento

Na sua primeira edição, o "El Mundo de la Tarde" revela que a Infanta Cristina assinou com a sua prórpria mão o contrato que fazia crer que alugara o Palácio de Pedralbes, onde residia, à empresa Aizoon, que detinha com o marido.
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Apenas disponível no tablet, esta nova edição do diário El Mundo, explica que a filha do rei Juan Carlos de Espanha era simultaneamente senhoria e inquilina do Palácio de Pedralbes, tendo-o alugado a si mesma de forma a fugir aos impostos.

A publicação revela que a Infanta Cristina assinou com a sua própria mão o contrato que fazia crer junto das Finanças que ela e o marido tinham alugado a casa à empresa Aizoon como sede. Diz o "El Mundo de la Tarde" que, nos papéis, o Palácio era a residência dos duques de Palma e simultaneamente a sede da Aizoon - detida em partes iguais pela infanta e pelo marido, Iñaki Urdangarín -, mas que a empresa nunca lá funcionou.

Através do casamento, escreve a publicação, e com este documento fictício, geravam-se gastos falsos - cobrava a si mesma 12 mil euros pelo aluguer -, que eram atribuídos à empresa. Desta forma, reduzindo consideravelmente os benefícios declarados, pagariam menos impostos.

Com esta operação, a Infanta Cristina terá ainda desviado 30.747 euros públicos procedentes do Instituto Nóos. A filha do rei de Espanha e o marido teriam colocado essa verba na Aizoon mediante a emissão de faturas falsas por serviços inexistentes. Desta forma, além de enganar as Finanças no que respeita aos impostos, a Infanta cobrou à sua sociedade 6 mil euros em 2006, 6180 em 2007, 6444 em 2008, 3828 e 3300 em separado em 2009 e 4995 em 2010.

Diz o jornal que a Agência Tributária espanhola não tem dúvidas de que a Aizoon era uma "mera sociedade instrumental" do casamento.

Com estes novos dados, o juiz José Castro, que está encarregue da investigação ao caso Nóos, poderá voltar a constituir a Infanta como arguida.

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