INE divulga primeira estimativa do PIB para 2012
Os dados que o INE irá hoje divulgar dizem respeito à primeira estimativa referente ao quarto trimestre de 2012, obtendo-se com esse resultado o conjunto do ano passado.
As previsões económicas Comissão Europeia, feitas por ocasião da sexta revisão ao programa de ajustamento de Portugal, em novembro, antecipam uma contração da economia portuguesa de 3%, em linha com as projeções mais recentes do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Também o Governo espera uma contração de 3% do PIB, indicando as mais recentes previsões do Banco de Portugal, de 15 de janeiro deste ano, um recuo da mesma ordem de grandeza.
As projeções da 'troika' (CE, FMI e Banco Central Europeu) e as do Governo são alinhadas a cada revisão feita ao programa de ajustamento a que Portugal está submetido.
As previsões da Comissão Europeia, nas previsões divulgadas no Outlook de outono de 2012, apontam para uma contração do PIB de 3% em 2012, sendo que no quarto trimestre do ano passado, a Comissão prevê que a economia tenha recuado 0,7% em relação ao trimestre anterior.
Ligeiramente diferente -- e menos otimista -- é a previsão da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que espera uma quebra de 3,1% para o conjunto do ano passado.
No início de dezembro, o INE divulgou a segunda estimativa do produto para o terceiro trimestre de 2012, que registou um recuo de 3,5% face ao período homólogo do ano anterior e um recuo de 0,9% face ao trimestre anterior.
No segundo trimestre, a economia portuguesa contraiu 3,1% e no primeiro o recuo foi de 2,3%, ambos em termos homólogos. Em cadeia, as quedas foram de 0,1%, 1% e 0,9%, respetivamente no primeiro, segundo e terceiro trimestres de 2012.
Já olhando para 2011, o PIB caiu 1,6%, o que compara com uma variação positiva de 1,9% de 2010, que o INE considerou como "um dos aumentos mais significativos posteriores a 2000".
"A quebra de 2011 ficou a dever-se à contribuição fortemente negativa da procura interna, uma vez que a procura externa líquida apresentou um contributo bastante positivo", refere o Anuário Estatístico 2011, do INE.