Incêndios: Novo fogo em Monsanto obriga a corte da A5

País com vários fogos ativos neste domingo
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Um incêndio na zona de Campolide, em Lisboa, junto à Autoestrada 5 (A5), obrigou esta noite ao corte da via, no sentido Cascais-Lisboa, informaram fontes da concessionária Brisa e da Proteção Civil.

"A Brisa Autoestradas informa que o trânsito está cortado na A5, no sentido Cascais-Lisboa, devido a um incidente na zona de Monsanto", refere uma nota da concessionária.

Segundo a mesma fonte, o trânsito está a ser desviado no nó das Oliveiras.

De acordo com informações da Proteção Civil, um incêndio em mato deflagrou cerca das 22:00 na zona de Campolide.

Pelas 21:45 as chamas estavam a ser combatidas por 21 operacionais apoiados por sete viaturas, segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Esta é a segunda vez no espaço de 24 horas que a A5 é cortada ao trânsito na zona de Monsanto, devido a um incêndio.

No sábado à noite, a via esteve cortada durante várias horas, devido a um incêndio que teve início numa viatura a arder.

O Parque Florestal de Monsanto, às portas da cidade (na área ocidental), tem mais de 900 hectares, sendo conhecido como "o pulmão de Lisboa". É uma mata diversificada, com equipamentos desportivos, culturais e de lazer.

O incêndio em mato que deflagrou hoje cerca das 16:00 em Loures, no distrito de Lisboa, e que obrigou ao corte da Autoestrada 8 (A8) nos dois sentidos já está dominado, disse à Lusa fonte da Proteção Civil.

De acordo com a mesma fonte, o incêndio foi dado como dominado cerca das 21:48.

Apesar da evolução do combate às chamas, perto das 23:00, ainda se mantinham no local 240 operacionais, apoiados por 69 viaturas, segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Entretanto, a Autoestrada 8 (A8), que esteve cortada nos dois sentidos, foi reaberta na totalidade, cerca das 22:45, segundo informação da concessionária Autoestradas do Atlântico.

Num primeiro momento, a A8 foi cortada apenas no sentido norte-sul, para o nó de Lousa e, mais tarde, foi também necessário proceder ao corte no sentido inverso, tendo todas as viaturas sido direcionadas para a Circular Regional Exterior de Lisboa (CREL).

Em declarações à RTP3, o presidente da Câmara de Loures, Ricardo Leão, disse que o incêndio "consumiu cerca de 25 a 30 hectares de mato, que eram encostas na sua maioria".

O autarca referiu ainda que nunca houve vidas ou casas em risco, adiantando que a ação dos bombeiros foi dificultada pelos acessos difíceis.

O incêndio em mato deflagrou cerca das 16:16 na zona da Carrasqueira, em Loures, no distrito de Lisboa.

O presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, espera que o incêndio que lavra naquele concelho do distrito de Santarém com "bastante intensidade" desde as 17:20, fique dominado nas próximas horas.

"Com os reforços que estão a chegar e que chegaram há muito pouco tempo e também com a baixa de temperatura, o aumento da humidade e com a ausência de vento pensamos que nas próximas horas conseguiremos dominar o incêndio", disse à Lusa o autarca ao início da noite.

O incêndio obrigou à evacuação da localidade de Óbidos, disse à Lusa fonte da Proteção Civil.

Fonte do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Médio Tejo, disse que o fogo tem uma frente ativa, que se dirige para a localidade de Óbidos.

"Neste momento, não há casa em perigo, mas a localidade de Óbidos foi evacuada por precaução", adiantou.

A mesma fonte referiu ainda que o fogo está a lavrar com "bastante intensidade", tendo sido mobilizados mais meios para o local.

"Neste momento, estamos a aguardar a chegada dos meios para poder começar a combater as chamas e extinguir o incêndio", disse.

O incêndio numa zona de mato, que deflagrou hoje cerca das 17:20 na zona de Matas e Cercal e Casal Menino, em Ourém, estava a ser combatido pelas 21:20 por 228 operacionais, apoiados por 65 viaturas e um meio aéreo, segundo a página da Internet da Proteção Civil.

A autoestrada A42, que foi encerrada na sequência do incêndio que deflagrou ao início da tarde em Lordelo, no concelho de Paredes, reabriu entretanto ao trânsito pelas 17:00, adiantou à Lusa o Comando Regional da Área Metropolitana do Porto.

A A42 foi cortada nos dois sentidos, próximo do nó de Seroa, em Paços de Ferreira, na sequência do incêndio que deflagrou pelas 14:40 em Lordelo, no concelho de Paredes.

Segundo a mesma fonte, apesar de controlado, "o fogo reacendeu e os meios estão a proceder à extinção".

O incêndio está a ser combatido por 103 operacionais, apoiados por 28 viaturas.

Quatro localidades foram este domingo evacuadas, "por precaução", devido ao incêndio que lavra desde a tarde de sábado numa zona de mato e pinhal na freguesia de São Teotónio, no concelho de Odemira (Beja), indicou a Proteção Civil.

Segundo adiantou à agência Lusa o comandante Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral, Tiago Bugio, foram evacuadas "por precaução" as localidades de Sobral, Corgos, Choça dos Vales e Relva Grande, todas no concelho de Odemira, mas as "populações não estiveram em risco".

Ainda assim, o comandante admitiu que situação "não está fácil", devido "à grande intensidade" das duas frentes do incêndio e ao vento, que "complica o combate às chamas".

Além disso, acrescentou, trata-se "de uma zona de difícil acesso, em que estamos a utilizar máquinas de rasto para flanquear o incêndio".

O alerta para o incêndio foi dado às 14:49 de sábado e no combate às chamas estão, neste momento, 388 operacionais apoiados por 115 viaturas de várias corporações de bombeiros do Litoral Alentejano, Algarve e Baixo Alentejo, além de 11 meios aéreos.

Em nota publicada na página oficial da autarquia na rede social Facebook, a Câmara de Odemira revelou que o seu presidente, Hélder Guerreiro, determinou a ativação do Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil, com efeitos às 14:30 de hoje.

A mesma fonte acrescentou que a Estrada Municipal 501, no acesso Relva Grande, e o Caminho Municipal 1186, entre as localidades de São Miguel e Vale dos Alhos, "estão condicionados" devido ao incêndio.

O incêndio que deflagrou na sexta-feira no concelho de Castelo Branco e que progrediu para Proença-a-Nova entrou este domingo em fase de resolução, afirmou o comando da Proteção Civil no terreno.

"Neste momento, temos o incêndio todo em resolução", disse o segundo Comandante Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo, José Guilherme, que falava à agência Lusa no final do 'briefing' sobre o ponto de situação daquele fogo.

Segundo o responsável, durante o dia de hoje foi possível "cumprir todos os objetivos delineados e traçados pela equipa de comando deste incêndio".

Durante a tarde, houve "pequenas reativações, mas, devido à rapidez [de resposta], quer dos meios terrestres quer dos meios aéreos, foi possível debelar essas reativações", acrescentou.

Apesar disso, José Guilherme vincou que o facto de o incêndio estar agora em fase de resolução isso não significa um "desgraduar da atenção ao perímetro de incêndio", mantendo-se "todos os trabalhos de consolidação e de rescaldo".

O perímetro do incêndio ascende a cerca de 60 quilómetros, tendo ardido 7.000 hectares de um potencial "para cerca de 20.000 hectares", referiu.

Face à extensão do perímetro e às temperaturas altas registadas na zona, o trabalho de rescaldo deverá durar "várias horas, se calhar dias", constatou.

Durante o 'briefing', o responsável deu também nota de que há um total de 14 feridos ligeiros, entre os quais um civil e um militar, não havendo "qualquer ferido hospitalizado".

Devido a novos incêndios que deflagraram na zona do distrito de Santarém, foi necessário "desmobilizar alguns meios para dar apoio a outros novos incêndios", levando a uma redução do efetivo no terreno, avançou José Guilherme.

Face ao fogo, os municípios de Castelo Branco e Proença-a-Nova ativaram os seus planos municipais de emergência e proteção civil.

Às 19:05, o incêndio mobilizava 893 operacionais, apoiados por 325 veículos e quatro meios aéreos, de acordo com a página 'online' da Proteção Civil.

Os municípios de Castelo Branco e Proença-a-Nova, que estão a ser afetados por um incêndio que progride desde sexta-feira, declararam este domingo a situação de alerta nos seus territórios e ativaram os planos municipais de emergência.

A Câmara de Castelo Branco declarou hoje a situação de alerta em todo o seu território, em vigência até terça-feira, "podendo a mesma ser prolongada caso a situação assim o determine", referiu a autarquia, em nota de imprensa.

A declaração decorre "da necessidade de adotar medidas preventivas e especiais de reação face ao perigo de incêndio máximo e muito elevado, previsto pelo IPMA [Instituto Português do Mar e da Atmosfera] para o concelho de Castelo Branco, e ainda do forte empenhamento de meios dos vários agentes de proteção civil e entidades com especial dever de cooperação, ao nível municipal, no incêndio rural ocorrido na localidade de Carrascal", esclareceu.

A Câmara de Proença-a-Nova, concelho vizinho que é igualmente afetado pelo incêndio que progride desde sexta-feira, também declarou a situação de alerta e ativou o seu plano municipal de emergência, disse à agência Lusa o presidente da autarquia, João Lobo, referindo que a comissão de proteção civil municipal foi "unânime" na tomada de tal decisão.

A declaração de situação de alerta "permite agilizar algum tipo de trabalhos e ativar determinados meios", explicou.

atualizado às 21.40

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