Incêndios: Autoridades galegas prometem punição para incendiários
"Que ninguém pense que vai ficar impune", advertiu Alfonso Rueda numa entrevista à Televisão da Galiza, esperando que "todo o peso da lei e todo o peso das penas" caia sobre os culpados.
Sem justificar as suspeitas, Alfonso Rueda lembrou que pelo menos duas pessoas morreram quando o carro em que seguiam foi atingido pelas chamas, em Nigrán, Pontevedra, e que, infelizmente, se confirma o que se diz muitas vezes sobre a origem criminosa dos incêndios florestais.
"É um crime muito grave que põe em risco a vida de pessoas", afirmou, referindo que há "dois mortos pela mão dos incendiários".
Alfonso Rueda disse que as investigações para encontrar os responsáveis pelos incêndios já começaram e serão intensificadas quando se conseguir extinguir os fogos.
O vice-presidente da Junta da Galiza recordou que se assiste a uma "atividade incendiária tremenda, intensíssima", que põe em risco "vidas e também propriedades", pelo que pediu prudência.
De acordo com a agência EFE, cinco mil operacionais estavam envolvidos no combate a 146 incêndios na comunidade autónoma da Galiza, alguns dos quais resultantes de projeções de fogos em Portugal que passaram o rio Minho, que separa os dois países naquela zona.
O presidente da Junta da Galiza, Alberto Núñez Feijóo, já tinha afirmado no domingo que a região enfrentava uma situação complexa devido a uma "atividade incendiária homicida".
Em declarações aos jornalistas em Santiago de Compostela, Feijóo disse não ter dúvidas da intencionalidade de muitos dos fogos que afetam a Galiza, depois de uma madrugada em que surgiram mais de vinte incêndios.
Segundo Feijóo, citado pela EFE, estes fogos são ateados por pessoas que conhecem a zona, já que optaram por queimar parques naturais e zona próximas de ambientes urbanos.
"É gente que sabe o que tem de queimar, como tem de queimar e em que lugares", lamentou o dirigente galego.