Incêndios: Assunção Cristas pede celeridade na reconstrução e apoio psicológico

Líder do CDS visitou áreas afetadas pelos incêndios
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A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, defendeu hoje a reconstrução imediata do que as chamas destruiu e que todos os que foram afetados pelos incêndios, perdendo casas e empregos, sejam acompanhados psicologicamente.

"O que temos ouvido no terreno, e que certamente continuaremos a ouvir, é que é preciso que as decisões e as respostas cheguem de forma célere às pessoas e às empresas", afirmou Assunção Cristas aos jornalistas em Fornelo do Monte, no concelho de Vouzela, onde hoje explicou algumas das 43 propostas do CDS-PP enviadas ao Governo.

A líder centrista frisou que "muitas empresas têm postos de trabalho em causa" e que as pessoas "todos os dias perguntam à sua gerência como é que vai ser agora", sendo "preciso dar resposta imediata".

Assunção Cristas sublinhou também a necessidade de haver um "acompanhamento das pessoas que direta ou indiretamente foram ou estão a ser penalizadas por estes incêndios".

"Estão em casa, neste momento não têm onde trabalhar e todos os dias choram angustiados por não saberem quando poderão retomar o seu posto de trabalho e por verem as suas vidas desfeitas", referiu.

O apoio psicológico "tem que estar também junto destas pessoas", tal como junto dos bombeiros, muitos dos quais também foram afetados, acrescentou.

Assunção Cristas contou ainda que hoje de manhã, em conversa com o presidente da Câmara de Oliveira de Frades, este disse que "a generosidade dos portugueses que está a chegar a terreno, com bens de vária ordem, precisa de ser coordenada a nível central, porque, se não o for, há bens que estão em excesso de um lado e em falta no outro".

"Continuamos a achar que é preciso uma Unidade de Missão que fale com as entidades públicas, com os particulares, com os empresários, com as pessoas que precisam reconstruir as suas casas e que as ajudem a aceder a todas as verbas que estão disponíveis", reiterou.

Entre as medidas defendidas pelo CDS-PP estão também a garantia de que "todas as despesas que foram feitas no combate aos incêndios e agora na reconstrução são dedutíveis em sede de IRS" e que "as indemnizações que empresas ou particulares possam vir a receber dos seus seguros também não sejam contabilizadas para efeito do rendimento tributado pelo Estado em sede de IRS".

A líder centrista lembrou, a este propósito, que nas visitas que tem feito, como, por exemplo, hoje à zona industrial de Oliveira de Frades, os prejuízos ao nível das empresas são de "centenas de milhares de euros".

"A minha convicção é de que vai ser preciso muito mais dinheiro do que aquele que está neste momento a ser falado", considerou.

Por isso, defendeu, na contabilização dos prejuízos das empresas, há que "considerar não o dano efetivo que as pessoas tiveram com o que estava dentro das suas fábricas, mas aquilo que vai ser necessário para poder repor, comprando maquinaria nova e tratando de voltar a montar aquela fábrica".

"E é aí que eu fico preocupada porque, de facto, visita após visita, os valores que ouço raramente ficam abaixo da casa dos milhões. Somando isto por todas as 350 empresas que tiveram grandes prejuízos, consideramos que as verbas são poucas", acrescentou.

Por isso, continuou, é importante que haja uma unidade de missão "que possa funcionar por um ano ou dois para ajudar a que essas verbas e as regras para o seu uso sejam o mais simples possível e cheguem rapidamente às populações e às empresas".

"Os anúncios existem, todos os ouvimos, mas as pessoas ainda não têm nada de concreto e começam a desesperar", frisou.

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