Inauguração de estátua da princesa Diana volta a juntar William e Harry

Os dois príncipes assinalam aquele que seria o 60.º aniversário da mãe com a homenagem nos jardins da casa onde viveu.
Publicado a
Atualizado a

No dia em que a princesa Diana faria 60 anos, os seus dois filhos vão inaugurar uma estátua em sua homenagem, nos jardins do Palácio de Kensington, a sua antiga casa. Depois de um ano em que os dois irmãos se afastaram, com o futuro herdeiro da coroa, William, a defender a monarquia das acusações de racismo feitas desde a Califórnia pelo mais novo, Harry, e pela sua mulher, Meghan, poderá este ser o início da reaproximação?

Na tarde desta quinta-feira, todos os olhares vão estar não só na estátua do escultor Ian Rank-Broadley, encomendada pelos irmãos em 2017 (no 20.º aniversário da morte da mãe), como também nos gestos de William e Harry, à procura de novos sinais de tensão ou, pelo contrário, de tréguas.

O encontro entre ambos, o primeiro desde o funeral do avô, o duque de Edimburgo, em abril, poderá servir para lembrar o bem que conseguem trabalhar juntos para preservar o legado da mãe, que morreu num acidente de automóvel em Paris, em 1997, aos 36 anos, disse o jornalista e autor de um livro sobre o casamento de Harry e a sua mudança para os EUA. "Talvez seja o quebra-gelo necessário", disse Omid Scobie à AFP.

"Não vamos ver nenhum azedume ou animosidade entre os dois irmãos", explicou à AP outro autor real, o historiador Ed Owens. "Penso que a reconciliação ainda está longe, mas ainda assim eles são performers experientes. O Harry e o William já fazem este trabalho há tempo suficiente para saber que têm de pôr as suas queixas privadas de lado para continuar com o trabalho", acrescentou.

Em agosto, numa conferência de imprensa conjunta, os príncipes disseram esperar que "a estátua ajude todos os que visitam o Palácio de Kensington a refletir sobre a vida e o legado" da mãe. Quando encomendaram a estátua, paga em parte pelo cantor Elton John e pelo marido, tinham defendido que o gesto servia para "reconhecer o seu impacto positivo no Reino Unido e no mundo", lembrando que a "princesa do povo" tinha "tocado muitas vidas".

A inauguração da estátua será apenas o segundo encontro público entre William e Harry desde que o duque de Sussex decidiu afastar-se dos deveres relacionados com a família real, indo viver com a sua mulher e o filho de ambos, Archie, para a Califórnia. Se a decisão de se afastarem parece ter apanhado os restantes membros da família de surpresa no início de 2020, a entrevista que o casal deu a Oprah Winfrey, em março, ainda deteriorou mais a relação.

Entre outras revelações, contaram que antes do nascimento de Archie, em maio de 2019, um membro da família real tinha questionado qual seria a cor da pele do bebé - Meghan é filha de uma afro-americana. William, num dos poucos comentários que fez sobre a entrevista, rejeitou que a sua família fosse racista. Harry disse ainda que tanto o pai, o príncipe Carlos, como o próprio William estavam "presos" na monarquia.

Nem Meghan, que ficou na Califórnia a cuidar da filha recém-nascida do casal, Lilibet Diana, nem a mulher de William, Catherine, estarão na inauguração da estátua. Por causa das restrições da covid, só estarão alguns membros da família de Diana, além do artista e do jardineiro que desenhou o espaço.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt