Mulher não entra nesta ilha. E a partir de 2018 homem também não

Só homens podiam visitar território, que foi recentemente classificado património mundial da humanidade pela UNESCO
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A ilha japonesa de Okinoshima, recentemente classificada pela UNESCO como património mundial da humanidade, deixará de permitir a entrada a qualquer visitante a partir do próximo ano, adiantaram os proprietários da ilha à AFP.

A ilha situada no mar do Japão, que deixará de receber qualquer turista, já tinha regras muito restritas para o acolhimento de visitantes: era permitida a entrada apenas um dia por ano, a 27 de maio, a apenas 200 homens, uma vez que o acesso a mulheres é interdito.

Estes deviam cumprir um ritual de ablução nas águas do mar.

A ilha, propriedade do complexo de templos xintoístas Munakata Taisha, apenas vai continuar a receber padres xintoístas e investigadores que se dediquem à preservação do local, interditando quaisquer visitantes laicos.

O objetivo, segundo o porta-voz dos templos Munaka Taisha ouvido pela AFP, é proteger o local classificado pela UNESCO.

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"É necessária uma proteção rigorosa agora que a ilha está na lista da UNESCO", disse o porta-voz, que acrescentou que "seria arriscado continuar a ter 200 visitantes na ilha" todos os anos.

A tradição determina que apenas um padre xintoísta habite na ilha.

A ilha de Okinoshima passou a integrar a lista de património protegido da UNESCO no passado domingo, quando o Comité do Património Mundial desta agência das Nações Unidas acrescentou 21 novos sítios de interesse da humanidade à lista existente.

Okinoshima situa-se na rota da Coreia e é a ilha mais a sul das quatro maiores ilhas do arquipélago nipónico.

Em tempos foi um importante local de trocas com o estrangeiro e é abrigo de numerosos objetos que o testemunham.

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