Ikea Portugal garante que produto usado em almôndegas é controlado

A Ikea Portugal garantiu hoje à agência Lusa que os ingredientes utilizados na confeção das almôndegas comercializadas nos seus espaços são sujeitos a auditorias e análises em laboratórios certificados e que são seguros.
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A Ikea Portugal reagia assim a uma notícia avançada hoje pela agência noticiosa checa CTK, que refere ter sido encontrada carne de cavalo nas almôndegas rotuladas como carne de porco e vaca e vendidas nas lojas daquele grupo sueco de mobiliário em vários países europeus, incluindo em Portugal.

De acordo com o porta-voz da Ikea na República Checa, Petr Chadraba, as embalagens de almôndegas já foram retiradas do mercado pelo menos na Suécia e na República Checa.

O mesmo porta-voz adiantou que a existência de carne de cavalo foi detetada por inspetores na República Checa, mas que as almôndegas também estão a ser vendidas em Portugal, Bélgica, Holanda e Grã-Bretanha.

Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, fonte oficial do Ikea Portugal não respondeu à questão sobre se já foi detetada em Portugal qualquer presença de carne de cavalo naqueles produtos, mas garante que a Ikea não aceita "outros ingredientes além dos estipulados nas receitas e especificações" e que estes "são assegurados através de auditorias e análises em laboratórios certificados".

A mesma fonte refere que "a carne usada [em Portugal] nas almôndegas e cachorros quentes é de vaca e porco e provém de diferentes países da União Europeia, principalmente da Suécia, Alemanha e Irlanda".

Segundo o Ikea, o grupo "não compromete a qualidade, segurança e ingredientes nos alimentos" que comercializa.

A agência CTK noticia hoje que o Instituto Veterinário da República Checa encontrou à venda nas lojas do grupo sueco almôndegas rotuladas como sendo de vaca e porco, mas que continham carne de cavalo.

De acordo com o CTK, foram retiradas do mercado 760 quilos de almôndegas com carne de cavalo que eram produzidas na Suécia e vendidas na República Checa.

Nas últimas semanas, foi descoberto o uso de carne de cavalo em produtos alimentares comercializados em vários Estados-membros da União Europeia, entre os quais a Alemanha, a França, o Reino Unido, a Áustria, a Noruega, a Dinamarca, a Holanda, a Suíça, a Suécia, a Irlanda e a Bélgica, o que já forçou a retirada de vários produtos dos mercados.

Entretanto, e em Portugal, a ASAE detetou vestígios de carne de cavalo em produtos à base de carne que já foram retirados do mercado.

As autoridades sanitárias portuguesas e europeias garantem que estes produtos que contêm carne de cavalo não representam qualquer risco para a saúde humana.

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