Iglo está a fazer análises a todos os produtos com carne

O diretor-geral da Iglo, que comercializa em Portugal lasanhas, cannellonis e hamburgueres, afirmou hoje que a empresa está a fazer análises de ADN a todos os seus produtos com carne, a nível europeu.
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Rui Braga adiantou que os resultados devem se conhecidos no final desta semana ou na próxima segunda-feira.

A empresa decidiu pedir as análises depois de terem sido descobertas, na semana passada, no Reino Unido, embalagens de lasanha da marca Findus que contêm carne de cavalo, mas que estavam etiquetadas como contendo carne de vaca, situação que foi posteriormente detetada noutros países da Europa e com outras marcas, que estão a ser retiradas do mercado.

Segundo o responsável da Iglo, que tem fornecedores nacionais e estrangeiros, as análises de ADN não são feitas por rotina, porque não se trata de um controlo de qualidade típico, sendo feitas neste caso para afastar qualquer suspeita.

"Pedimos a todos os nosso fornecedores que garantam as suas fontes de abastecimento e estamos a fazer análises de ADN a todos os produtos que contenham carnes vermelhas", salientou Rui Braga, adiantando que será feita uma segunda análise, se for detetado ADN de cavalo.

"Há duas situações: uma, são os produtos que contêm realmente carne de cavalo a 100%. Noutros casos pode haver traços desta carne porque os matadouros são comuns, mas isso não significa que contém carne de cavalo e, por isso, é preciso quantificar", esclareceu.

A Iglo já tinha feito análises de ADN em janeiro, depois de uma outra polémica relacionada com a presença de carne de cavalo em hambúrgueres que deviam ser de vaca, também no Reino Unido, mas os resultados foram negativos.

Rui Braga acrescentou que a Iglo não teve qualquer quebra de vendas.

"Julgo que estará relacionado com a perceção dos consumidores, já que isto tem sido um problema específico de alguns países, tendo sido detetado no Reino Unido e em França".

O Governo informou na quarta-feira que "não foi detetada até ao momento, em Portugal, nenhuma situação" de consumo de carne de cavalo em vez de vaca, à semelhança do que se verificou noutros países da Europa.

O Governo acrescentou, num comunicado, que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) está a "acompanhar e monitorizar a situação" e garante que a secretaria de Estado da Alimentação e Investigação Alimentar "salvaguardará sempre a segurança alimentar e a defesa do consumidor em Portugal".

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