Ia acender um cigarro, disse "Glória à Ucrânia" e foi abatido. Zelensky quer encontrar os assassinos
Foi divulgado esta segunda-feira nas redes sociais um vídeo que mostra um prisioneiro de guerra ucraniano a ser executado por soldados russos.
No vídeo amador, que não foi verificado de maneira independente, é possível ver o que parece ser um soldado de pé numa trincheira, em vias de acender um cigarro e abatido com uma arma automática, depois de ter dito "Glória à Ucrânia".
A frase 'Glória à Ucrânia' estava esta segunda-feira a ser repetida nas redes sociais ucranianas, ao passo que vários responsáveis apelavam a um inquérito e exigiam justiça.
O chefe da diplomacia da Ucrânia exigiu um inquérito do Tribunal Penal Internacional (TPI). "Vídeo horrível de um prisioneiro de guerra ucraniano desarmado executado por forças russas por apenas ter dito 'Glória à Ucrânia'. Mais uma prova de que esta guerra é genocida", comentou Dmytro Kouleba, na rede social Twitter.
"É imperativo que (o procurador do TPI) Karim Khan lance um inquérito imediato sobre este crime de guerra odioso", considerou, adiantando que "os autores destes atos devem ser levados a tribunal".
Entretanto, o presidente da Ucrânia prometeu encontrar os soldados russos que aparentemente mataram o prisioneiro de guerra ucraniano desarmado."Encontraremos os assassinos", disse o presidente Volodymyr Zelensky na noite de segunda-feira.
Esta terça-feira, o prisioneiro executado foi identificado como Tymofiy Shadura, que estava desaparecido desde 3 de fevereiro.
A 30.ª Brigada Mecanizada Separada disse que Shadura foi visto pela última vez perto da cidade de Bakhmut, no leste do país, cenário de violentos combates nos últimos meses.
A irmã do soldado disse à BBC que acredita tratar-se do irmão. "O meu irmão certamente seria capaz de enfrentar os russos assim. Ele nunca escondeu a verdade na sua vida e certamente não o faria em frente ao inimigo", frisou.
O suposto assassino ou assassinos - que não são vistos no vídeo - não foram identificados.