Hungria ergue muro para travar imigração ilegal para a Europa

Vedação de arame farpado terá quatro metros de altura e estará concluída em novembro. Primeiro-ministro húngaro afirma que imigrantes são um potencial risco terrorista
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A barreira que se destina a impedir a entrada de imigrantes ilegais na Hungria, provenientes da Sérvia, vai estar concluída a 30 de novembro, garantiu na quinta-feira o ministro da Defesa do governo de Budapeste, Csaba Hende.

A barreira, que é essencialmente uma vedação com arame farpado no topo, vai mobilizar cerca de 900 pessoas, a maioria militares, que vão erguê-la ao longo de 175 quilómetros, e a uma altura de quatro metros, da fronteira comum.

"As forças armadas húngaras estão preparadas para desempenhar a tarefa", afirmou o ministro Hende. Por seu lado, o seu colega de governo, o ministro do Interior Sandor Pinter, revelara anteriormente que detidos em várias prisões do país estão a preparar alguns módulos da vedação e outras pessoas, inseridas em programas públicos de emprego, estão igualmente envolvidas em diferentes momentos do processo.

Com um custo estimado de 20 milhões de euros, a barreira será erguida em dez áreas consideradas sensíveis e "mais expostas à pressão dos imigrantes", explicou na quarta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, Peter Szijjarto. Este comentou as críticas que têm sido feitas às intenções do governo de Budapeste, em particular de Berlim, das Nações Unidas e do Conselho da Europa, explicando que esta "é uma solução provisória" e que não havia "outra solução" imediata para resolver uma "situação insustentável".

Para o ministro do Interior sérvio Nebojsa Stefanovic, trata-se de "uma solução que não sei se resolve o problema, que é o da chegada em larga escala de pessoas à procura de conseguirem asilo", mas "este é um assunto da exclusiva competência" de Budapeste, admite o governante de Belgrado.

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