Hugo Ernano condenado a suspensão por oito meses na GNR
Hugo Ernano foi hoje notificado da decisão da Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) no processo disciplinar aberto na sequência de ter morto a tiro uma criança durante uma perseguição à carrinha em que o menor seguia com o pai e o tio (que andavam a furtar ferro).
O militar da GNR foi agora condenado a uma pena disciplinar de suspensão agravada pelo período de 240 dias (oito meses), pela prática de uma infração disciplinar grave, por violação dos deveres funcionais gerais e especiais previstos no Regulamento de Disciplina da Guarda, nos termos da decisão, a que o DN teve acesso.
Durante o período da suspensão, o militar fica a receber um terço do vencimento.
No processo judicial, o Supremo Tribunal de Justiça manteve a pena suspensa de quatro anos ao militar da GNR que matou um jovem numa perseguição policial após um assalto, em Loures, e aumentou a indemnização de 45 mil para 50 mil euros. Seguiu recurso para o Tribunal Constitucional, que nada alterou.
Os factos remontam a 11 de agosto de 2008, quando o rapaz de 13 anos foi atingido a tiro pelo militar durante uma perseguição policial a uma carrinha após o assalto a uma vacaria, em Santo Antão do Tojal, concelho de Loures. Além da criança, seguiam na carrinha dois homens, um deles o pai do menor, que estava evadido da cadeia de Alcoentre, e que foi condenado a dois anos e dez meses de prisão efetiva pelos crimes de resistência e desobediência, prestação de falsas declarações e de coação sobre funcionários.