Hoteleiros do Algarve estimam menos clientes e menos receitas
O presidente da principal associação hoteleira do Algarve, Elidérico Viegas, aponta a "conjuntura económica e a introdução de portagens" na A22 (Via Infante de Sagres) como razões para uma diminuição pela procura do destino Algarve.
"Infelizmente, a situação economicamente desfavorável e a confusão com as portagens terão reflexos negativos na ocupação hoteleira", lamentou Elidérico Viegas.
Segundo aquele responsável, "a dificuldade em entender o processamento do pagamento de portagens na Via do Infante, tem afastado muitas pessoas, principalmente, os espanhóis, mercado com maior relevo nesta altura da Páscoa".
Ainda assim, Elidérico Viegas considera que a quebra de preços e o clima "mantém elevada a procura pelo Algarve, mas longe de outras épocas", estimando que "ainda assim, alguns hotéis possam registar uma ocupação próxima dos cem por cento".
O presidente da associação dos hoteleiros sublinhou que o Algarve continua a ser muito procurado nos períodos da Páscoa, mas desde 2008 que se verifica "um decréscimo nas taxas de ocupação".
"A conjuntura atual leva a que as pessoas optem por permanecer por períodos mais curtos, contrariamente ao que acontecia em anos anteriores", observou.
Apesar de prever uma quebra na ocupação hoteleira e consequente diminuição de receitas durante a época da Páscoa, Elidérico Viegas acredita que "a tendência se inverta no verão, com o aumento da procura pelo destino Algarve".