Hospital garante que pagou a enfermeiros subcontratados
As dívidas levaram hoje, pela segunda vez esta semana, duas dezenas de enfermeiros à porta do Ministério da Saúde, onde um dirigente sindical foi recebido pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, e o presidente do CHON, que integra os hospitais das Caldas da Rainha, Peniche e Alcobaça.
Segundo Guadalupe Simões, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), em causa está uma dívida desde outubro da empresa Complementus, que contrata estes profissionais, na ordem dos 121 mil euros.
No final do encontro, Guadalupe Simões disse que a situação "ainda não foi totalmente desbloqueada" e que há "muita coisa para resolver".
Isto porque o administrador do CHON, Carlos Sá, terá afirmado que, desde o início do ano, foram transferidos para a empresa 732.758 euros para pagar a totalidade das verbas necessárias aos enfermeiros até março e parte de abril.
A mesma informação foi avançada à Lusa por Carlos Sá, que não compreende como os enfermeiros têm montantes para receber desde outubro, uma vez que a instituição pagou a totalidade dos pagamentos até final de março e que, ao abrigo da Lei dos Compromissos, está a cumprir os prazos.
Carlos Sá adiantou ainda que, desde que o centro hospitalar tomou conhecimento da situação, têm existido várias reuniões com a empresa no sentido de acompanhar a mesma.
"Da parte da empresa tem-nos sido dito que ia ser regularizado o montante em dívida", disse.
Na terça-feira, quando 20 enfermeiros se concertaram frente ao Ministério da Saúde para reclamar os montantes em atraso, os mesmos terão sido recebidos pela empresa que alegara que os montantes em atraso se deviam à falta de pagamento por parte do centro hospitalar.
A Lusa tentou contactar a empresa Complementus, sem sucesso até ao momento.