Hospitais recebem mais 30% de doentes com anorexia

Os hospitais portugueses estão a receber mais doentes com anorexia (perda de apetite), seja enquanto doença psiquiátrica (anorexia nervosa) ou associada a outros problemas de saúde.
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Segundo dados de 2013, os casos em que se identificou perda de apetite subiram 30% num ano, tal como os óbitos (407) com esse diagnóstico. O melhor registo é um fator, mas há ainda mais casos de doença que levam à perda de apetite, como o cancro ou a pneumonia. Na anorexia nervosa, os hospitais admitem estar a receber pessoas mais velhas, que têm a doença há 20 anos.

Os dados constam dos últimos relatórios da Direção-Geral da Saúde: um sobre a saúde mental, o outro sobre alimentação saudável, que ontem foi apresentado e que continua a mostrar o flagelo que é a obesidade e pré-obesidade, que chegam a metade da população.

No último documento, porém, há também registo de 2388 utentes que foram aos hospitais e em que se diagnosticou falta de apetite e perda de peso, mais 30% do que no ano anterior. E o relatório revela que os óbitos - geralmente associado a outras doenças - dispararam de 106, em 2010, para 407.

A endocrinologista Isabel do Carmo admite um aumento pelo "maior rigor no registo", mas não exclui o impacto de doenças que afetam o apetite. "Há mais doentes com cancro, especialmente doentes terminais, e também com pneumonias e infeções respiratórias. Sabemos que são doenças que dão falta de apetite".

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