Os trabalhadores do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) e dos refeitórios concessionados em diversas entidades vão realizar greves, no dia 09, pela defesa dos direitos e pelo descongelamento dos salários..O presidente do Sindicato de Hotelaria do Centro, António Baião, disse hoje à agência Lusa que as greves, em empresas e serviços de todo o país, marcam também o início de uma "campanha contra a precariedade" no setor da restauração e hotelaria..No caso do SUCH, "há três meses em gestão corrente" e sem capacidade para "fechar o acordo de empresa já negociado" com os representantes dos trabalhadores, "há necessidade de o ministro da Saúde nomear" uma nova administração..Está em causa "um documento extremamente importante que regula as relações laborais em toda a empresa", responsável pelos serviços de alimentação, lavandaria e resíduos hospitalares nos principais hospitais do país, adiantou o sindicalista, no final de uma conferência de imprensa à entrada dos Hospitais da Universidade de Coimbra..No dia 09, além desta "greve específica" dos trabalhadores do SUCH, os sindicatos afetos à CGTP vão promover paralisações nos refeitórios de hospitais, escolas, fábricas e outros serviços concessionados às empresas Uniself, Gertal, Itau, Eurest, Ica e Solnave..Estas greves no setor da alimentação coletiva visam "a negociação do contrato coletivo de trabalho, pela defesa dos direitos e pela melhoria dos salários", que se mantêm há seis anos sem atualizações, disse António Baião..Na região Centro, como no resto do país, os trabalhadores e trabalhadoras do SUCH "vão exercer o direito à greve porque pretendem o aumento dos seus salários já congelados há muitos anos", segundo um documento distribuído aos jornalistas, que defende igualmente "a criação de emprego seguro, sem precariedade e com direitos"..Numa próxima "campanha contra a precariedade", a desenvolver pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro, serão denunciados os "atropelos praticados" nas empresas da alimentação coletiva, restauração, hotelaria, restauração rápida, hospitalização privada e setor social, "onde o trabalho se faz com recurso a contratação e subcontratação a termo e por via das empresas de trabalho temporário"..A organização responsabiliza ainda o Ministério da Educação pela "precariedade institucionalizada nos refeitórios de escolas" e por não resolver "a situação de centenas de mulheres e homens" nos estabelecimentos públicos de ensino.."Denunciaremos as más práticas na utilização do recurso aos jovens em situação de estágio, como trabalhadores que substituem postos de trabalho efetivos", nas áreas da restauração e hotelaria, acrescenta a nota.