Honda vai deixar de usar airbags da Takata, multada pelos EUA

A fabricante de airbags defeituosos vai pagar 200 milhões aos Estados Unidos
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A Honda Motor anunciou hoje que vai deixar de usar os 'airbags' da empresa Takata, cujos produtos defeituosos obrigaram à chamada às oficinas de milhões de carros em todo o mundo, considerando que empresa "manipulou dados" nos seus dispositivos. "Sabemos da existência de provas que sugerem que a Takata deturpou e manipulou dados sobre testes de determinados insufladores dos seus 'airbags'", explicou a Honda.

As autoridades norte-americanas anunciaram, na terça-feira, uma multa recorde de 200 milhões de dólares (182 milhões de euros) ao fabricante de 'airbags', por ter omitido informação um mecanismo defeituoso dos seus equipamentos.

A Administração Nacional para a Segurança nas Estradas dos Estados Unidos (NHTSA, na sigla inglesa) disse que o fabricante japonês tomou a "decisão consciente" de não relatar dois incidentes ao regulador, apesar de oito pessoas já terem morrido em casos relacionados com falhas no sistema dos 'airbag'. "Durante anos, a Takata fabricou e vendeu 'airbags' defeituosos. Recusou-se a admitir que eram defeituosos", disse o secretário para os Transportes, Anthony Foxx.

A NHTSA informou também que ordenou a 12 fabricantes de automóveis que acelerem a chamada dos carros às oficinas para substituir os 'airbags' da Takata.

A Honda, no seu comunicado, assegurou que "nenhum modelo novo da Honda ou Acura [outra marca do fabricante japonês] atualmente em desenvolvimento será equipado com um dispositivo de insuflação de 'airbags' frontais para o condutor e passageiro da Takata". A Honda assegura que tomou esta decisão depois da revisão de "milhões de páginas de documentos internos produzidos pela Takata" relacionados com problemas dos seus produtos.

Cerca de 19 milhões de veículos norte-americanos e vários outros milhões em diferentes países estão equipados com 'airbags' cujo mecanismo insuflável pode explodir sem causa aparente, projetando estilhaços na direção dos condutores e passageiros.

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