Homem vs. Elefante. Botswana pondera fim da proibição da caça
Membros do governo do Botswana - país onde vivem um terço dos elefantes africanos - têm admitido um abate "regular mas limitado", referindo-se a um "conflito crescente" entre os animais e as comunidades humanas.
Os legisladores afirmam que a comunidade de 130 mil elefantes tem causado cada vez mais problemas às comunidades rurais e aos pequenos agricultores. O número de animais daquela espécie cresceu substancialmente desde que a caça foi proibida, em 2014. Os elefantes estão agora a invadir áreas onde normalmente não iam.
"Recomendamos um quadro legal que permita o crescimento de uma indústria de caça de safáris e gira a população de elefantes do país dentro dos limites históricos", disse o ministro do Frans Van Der Westhuizen, que presidiu um grupo de trabalho que estudou o assunto.
O relatório do grupo de trabalho - que também sugeriu o encerramento de algumas rotas migratórias da vida selvagem - foi entregue ao presidente Mokgweetsi Masisi, na quinta-feira.
"Posso-vos prometer, e à Nação, que vamos considerar isso. Faremos um Livro Branco, que será partilhado com o povo", disse Masisi.
O qual acrescentou: "Se necessário, daremos uma oportunidade ao Parlamento para que intervenha antes de ser tomada uma decisão final."