Um dia após a votação no parlamento que aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o chefe de Estado francês disse, no Palácio do Eliseu, em Paris, que as opiniões em torno da questão têm de ser respeitadas.."O debate foi longo, e até foi considerado demasiado longo, mas eu não acho", disse Hollande, acrescentando que todas as opiniões devem ser "respeitadas"..O debate em torno da questão, ao longo dos últimos meses, intensificou-se na véspera da votação de terça-feira com manifestações a favor e contra a nova lei aprovada pela maioria de esquerda na Assembleia Nacional..Apesar da votação, está ainda pendente a decisão do Conselho Constitucional, instituição a que os conservadores da União para o Movimento Popular (UMP) recorreram para fazer cair o projeto aprovado pelo parlamento.."Assim que se pronuncie (o Conselho Constitucional) promulgarei a lei", disse Hollande, que chegou ao Eliseu acompanhado pela ministra da Justiça, Christian Taubira, que redigiu o texto da lei que equipara os direitos dos heterossexuais e dos homossexuais sobre casamento e adoção..Hollande disse ainda que, ultrapassadas as questões relacionadas com a votação, os franceses devem concentrar-se no que é "essencial: o emprego, a recuperação económica e a confiança"..Se Hollande promulgar a lei, a França passa a ser o 14.º país a aprovar a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo e junta-se ao grupo de oito países europeus com a mesma legislação: Portugal, Holanda, Bélgica, Espanha, Noruega; Suécia, Islândia e Dinamarca..Enquanto se aguardam decisões finais, três deputados da oposição foram multados pelo comportamento na Assembleia Nacional, considerado reprovável pelo presidente do parlamento (socialista) durante o debate final e votação..A sanção contra os três deputados da UMP é da ordem dos 1.400 euros, cada um, decidiu o presidente do parlamento evocando o regimento parlamentar.