Hipopótamos, crocodilos e elefantes inquietam angolanos
A notícia hoje divulgada pela agência Angop adianta ainda que vários hipopótamos têm destruído plantações de mandioca, batata-doce e outros produtos agrícolas nos arredores da vila de Cazombo, sede municipal do Alto-Zambeze, deixando os populares sem mantimentos.
Os habitantes estão igualmente preocupados com a presença de crocodilos nas margens do rio Zambeze, que já provocaram quatro mortos este ano, o último o de uma mulher, de 45 anos, que saía da lavra.
"Os crocodilos estão a flutuar próximo da ponte do rio Zambeze e na lagoa de Mbala, à caça de qualquer presa que aí apareça", referiram habitantes citados pela Angop.
Já os elefantes têm destruído igualmente as plantações dos populares, que lamentam o facto de aqueles mamíferos comerem até a mandioca que as mulheres colocam no rio para ser transformada em bombo (tubérculo da mandioca, fermentado e enxuto, para ser transformado em farinha).
"Estes animais não têm medo do homem e estão a fazer tudo por tudo para se alimentarem, mas a população também está a procurar métodos para afugentá-los", contou um dos moradores da região.
O conflito homem/animal regista-se em Angola desde o final da guerra, em 2002, altura em que muitos animais, fugidos para países vizinhos, sobretudo elefantes e hipopótamos, começaram a regressar ao país, destruindo aldeias e plantações localizadas no seu anterior habitat.