Hino Nacional pelo Coro do São Carlos abre cerimónia
A urna, coberta com a bandeira nacional, encontra-se colocada em frente à porta principal do Panteão.
Numa almofada colocada aos pés da urna, estão as condecorações oficiais com que a poetisa foi agraciada em vida, nomeadamente a da Ordem do Infante e a Ordem da Torre e Espada.
Sophia de Mello Breyner Andresen é a segunda mulher a ter honras de Panteão Nacional, como forma de homenagear "a escritora universal, a mulher digna, a cidadã corajosa, a portuguesa insigne", e de evocar o seu exemplo de "fidelidade aos valores da liberdade e da justiça", conforme se lê no projeto de resolução da Assembleia da República.
O parlamento aprovou por unanimidade, no passado dia 20 de fevereiro, a concessão de honras de Panteão Nacional à escritora.
Sophia de Mello Breyner Andresen foi também deputada à Assembleia Constituinte, em 1975-1976, realizando-se a trasladação hoje, quando se completa uma década sobre a sua morte.
Falecida aos 84 anos, Sophia de Mello Breyner Andresen foi autora de vários livros de poesia, entre os quais "O Nome das Coisas" e "Coral", de obras de ensaio, designadamente "O Nu na Antiguidade Clássica", contos, como "Histórias da Terra e do Mar", ficção infantil, como "A Fada Oriana", "A Menina do Mar" e "Noite de Natal", e também teatro, "O Colar", tendo traduzido vários autores, como Dante e William Shakespeare.