Hello! disse Richie. E toda a gente viajou até aos anos 80

Concerto do americano terminou com <em>We Are the World</em>. Mas o ponto alto aconteceu com a sequência <em>Say You Say Me</em> e <em>Dancing on the Ceiling</em>, com a primeira a pôr o Parque dos Poetas a cantar e a segunda a fazê-lo dançar
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Bebeu, brincou, pulou, dançou e cantou que se farta, indiferente aos 66 anos feitos no mês passado. Primeiro Lionel Richie disse "Hello" e só mais tarde lançou em inglês o "Boa noite Lisboa", que ninguém no Parque dos Poetas em Oeiras levou a mal.

Mas desde o primeiro momento do concerto, iniciado já passava das 22.30 de quinta-feira, houve o convite para a assistência entrar numa espécie de máquina do tempo e viajar até aos anos 80.

E por isso imitou a voz e os gestos de Stevie Wonder, desafiou as mulheres presentes a entrarem num dueto com ele como se fossem Diana Ross ("40 mil Dianas Ross" a cantar Endless Love, disse com manifesto exagero) e não deixou de falar do "amigo" Michael Jackson, com quem compôs We Are the World, a mítica música que fechou o concerto, mesmo em cima da meia-noite.

Richie atrasou-se a entrar em palco para este último espetáculo da sua digressão europeia, depois de uma primeira parte pelos portugueses Cais do Sodré Funk Connection. E chegou a ouvir-se alguns assobios pela demora, seguidos de uma salva de palmas que por fim trouxe o artista para o palco.

Com gente dos oito aos oitenta a assistir - mas a dar a estranha sensação a quem tem 43 anos de estar na metade mais jovem do público - a vontade de relembrar a década de 80 era tanta que as pazes com o músico americano foram quase imediatas.

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