Hasteada bandeira no alto da Rocinha em sinal de vitória

Após a ocupação do território das favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, polícias do Batalhão Especial (Bope) realizaram a cerimónia simbólica de hastear a bandeira brasileira no alto do morro.
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Diversos moradores participaram do acto e emonstraram apoio à presença do Estado no território, até então dominado pelos traficantes de drogas. A presença de um número significativo de moradores - os polícias estimam em aproximadamente mil pessoas - é um sinal positivo de que a comunidade está a receber bem as forças que passarão a partir de hoje a cuidar da segurança daquela região. Numa cerimónia semelhante, realizada durante a ocupação do Complexo do Alemão, os polícias não contaram com o mesmo tipo apoio. As favelas foram tomadas durante a madrugada deste domingo, sem que tivesse ocorrido um único disparo.

"Fiquei acordado até quase às três da manhã. " noite nós ficamos um pouco apreensivos, mas não vi nada acontecer, quando acordei já tinham concluído tudo e não houve nenhum disparo", afirmou à Lusa o morador Alexandre de Almeida. Alexandre relatou que o ambiente na comunidade é tranquilo, apesar de se sentir que há menos pessoas nas ruas do que o habitual. "A rua ainda está bem vazia. Tem muita gente que ainda está com medo de sair e muitas lojas não abriram hoje", comentou.

Segundo o relato do morador, neste momento, os agentes da polícia militar realizam vistorias e apreensões, principalmente de motocicletas roubadas, que não possuem matrícula nem documentação. Agentes do Batalhão Especial (Bope) informaram ainda a descoberta da casa do traficante Sandro Luiz de Paulo Amorim, conhecido como "Peixe". A casa tem piscina, churrasqueira, banheira de hidromassagem, equipamentos de ginástica e um imenso aquário na sala. O traficante em questão estava entre os detidos na operação policial realizada na última quarta-feira, que resultou na prisão de 10 pessoas, entre criminosos e polícias corruptos que faziam a escolta do grupo durante a fuga.

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