Hackers que invadiram telefone de Sergio Moro detidos

Os suspeitos, todos do estado de São Paulo, estarão na base das reportagens publicadas pelo site <em>The Intercept </em>e outras publicações onde o atual ministro de Bolsonaro e ex-juiz agia de forma parcial na condução do processo de Lula
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A polícia federal do Brasil prendeu quatro suspeitos de invadir o telemóvel do ministro da justiça Sergio Moro. A Operação Spoofing nesta foi determinada pelo juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira.

Além de Moro, também procuradores da Operação Lava Jato no Paraná haviam tido os seus aparelhos invadidos. Diálogos mantidos no auge da investigação entre eles e o então juiz Sérgio Moro vêm sendo publicados pelo site The Intercept, primeiro, e depois pelo jornal ​​​​​​Folha de S. Paulo, ​​​​​pela revista Veja e pelo jornalista da Band Reinaldo Azevedo, indicando um suposto conluio. Moro é ainda acusado, à luz das gravações, de ter agido de forma parcial no processo que levou à prisão de Lula da Silva, líder das sondagens à frente do hoje chefe do governo de que faz parte, Jair Bolsonaro.

A polícia cumpriu quatro mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão em São Paulo, em Araraquara e em Ribeirão Preto.

Spoofing, segundo a polícia, é um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é. A operação mira uma "organização criminosa que praticava crimes cibernéticos"

O telemóvel do ministro foi invadido por volta das 18h de 4 de junho. O ex-juiz, então, colocou em ação investigadores da polícia, informando da suspeita de clonagem.

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