O secretário-geral da ONU, António Guterres, avisou esta quinta-feira que a ameaça das armas de destruição em massa está a ganhar força, apelando a um novo impulso das políticas internacionais de não proliferação.."A ameaça que representam as armas de destruição em massa persiste e, de facto, parece que está a ganhar força", declarou Guterres, na abertura de uma sessão especial do Conselho de Segurança das Nações Unidos sobre a não proliferação deste tipo de armamento.."Os medos globais relacionados com as armas nucleares estão no nível mais alto desde a Guerra Fria", prosseguiu..O ex-primeiro-ministro português assinalou a situação na península coreana como a mais "tensa e perigosa" dos tempos atuais e advertiu que um eventual conflito armado teria "consequências inimagináveis"..Também chamou a atenção sobre a perda de confiança observada entre os Estados Unidos e a Rússia e como tal situação representa uma ameaça para o desarmamento nuclear, para o acordo nuclear com o Irão e para o uso de armas químicas na Síria..Em termos gerais, António Guterres lamentou o retrocesso verificado nos últimos anos ao nível da não proliferação.."A confiança pode ser minada por retóricas belicistas, abordagens de confronto, ausência de canais de comunicação e posições inflexíveis", afirmou..Para o secretário-geral das Nações Unidas, é necessário "repensar" e "modernizar" as prioridades do desarmamento e da não proliferação de armas de destruição em massa..E garantiu que pretende "explorar oportunidades" para dar um novo impulso ao trabalho desenvolvido nesta área..Guterres, que assumiu a liderança da ONU em janeiro de 2017, foi responsável pela abertura desta sessão de alto nível do Conselho de Segurança, que foi presidida pelo Presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev..O Cazaquistão, que este mês dirige os trabalhos do Conselho e que conta com uma ampla experiência ao nível do desarmamento nuclear, identificou esta questão como a sua principal prioridade na ONU.