Ruud Gullit, antigo internacional holandês que, entre outros clubes, representou o AC Milan, reagiu nesta segunda-feira ao caso Marega e defendeu que todos os jogadores do FC Porto deviam ter-se retirado do campo em solidariedade com o avançado maliano.."Culpo os outros jogadores. Deveriam tê-lo protegido e marcado uma posição ao sair imediatamente de campo. Os adversários também deveriam ter saído. Não deveria ter sido apenas responsabilidade do jogador afetado. Isso é o que mais me deixa desapontado", referiu o ex-jogador, à margem de uma cerimónia dos Prémios Laureus, em Berlim..O antigo jogador referiu ainda que as "provocações fazem parte do futebol", mas considerou que nos casos de racismo não pode haver desculpas. "Se são ouvidos sons a imitar macacos ou são atiradas banidas para o campo, o limite está ultrapassado", atirou Gullit..O caso de Marega mereceu ainda comentários da parte de Arsène Wenger, treinador francês que orientou o Arsenal durante mais de duas décadas. "Claro que temos de ser todos contra o racismo, porque é uma forma de violência, mas acho que também pode ser uma ferramenta para parar facilmente um jogo a cada vez que acontece. Temos de identificar quem o faz e puni-los severamente, banir estas pessoas dos jogos de futebol. Esse tem de ser o primeiro passo", disse.