"Tem havido uma boa implementação do programa até à quarta avaliação. A missão congratula-se com o forte empenho das autoridades na consecução das metas e objetivos do programa, consolidando a estabilidade macroeconómicas e promovendo reformas estruturais de apoio a um crescimento económico forte e de base alargada", afirmou Tobias Rasmussen, chefe da missão do FMI para a Guiné-Bissau..Segundo Tobias Rasmussen, que falava em conferência de imprensa em Bissau, "foram respeitados todos os critérios de desempenho e metas indicativas para o final de junho de 2017 e registaram-se progressos consideráveis ao nível das reformas estruturais"..O FMI iniciou a 21 de setembro, e terminou hoje, a sua quarta avaliação à Guiné-Bissau no âmbito do Programa Alargado de Crédito que tem com o país e também a visita vinculada ao abrigo do artigo IV, que ocorre a todos os países que trabalham com aquela organização financeira internacional.."A atividade económica caracterizou-se por um comportamento dinâmico. Prevê-se que o crescimento real do PIB (Produto Interno Bruto) se situe nos 5,5% em 2017, com uma inflação de 2% e uma conta corrente externa geralmente equilibrada", afirmou o responsável..Tobias Rasmussen afirmou que os bons resultados económicos foram sustentados pelo preço da campanha de caju, que aumentou significativamente os rendimentos dos agregados familiares rurais, mas alertou para a necessidade de dependência das exportações daquele fruto, aconselhando a uma maior diversificação da economia..O FMI considerou também que uma "gestão prudente e eficaz melhorou a posição orçamental e reforçou a estabilidade macroeconómica".."A aplicação mais rigorosa de procedimentos orçamentais permitiu reforçar o controlo da despesa. A gestão da dívida também melhorou, graças a medidas como a consolidação de empréstimos de bancos comerciais e o cancelamento de linhas de crédito", disse Tobias Rasmussen..O FMI congratulou-se com as ações feitas pelas autoridades para reforçar o setor bancário e incentivou o Governo a "fortalecer os mercados financeiros e elaborar um plano de inclusão financeira"..A organização financeira pediu também ao Governo para "dedicar a margem orçamental" às prioridades sociais e infraestruturais, incluindo a reestruturação da empresa Eletricidade e Água da Guiné-Bissau (EAGB), para melhorar o fornecimento e abastecimento de água e eletricidade..O Programa Alargado de Crédito, num montante de 23,5 milhões de dólares (cerca de 21 milhões de euros), foi aprovado em julho de 2015..A última transferência no âmbito daquele programa ocorreu em maio e teve o valor de 3,7 milhões de euros.