Guillermo Farinas acabou greve de fome

O dissidente cubano Guillermo Farinas pôs termo na sexta-feira à greve de fome que iniciou há uma semana, procurando, assim, evitar que ex-presos políticos se juntem à sua iniciativa, indicou o próprio à agência France Press.
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"Antigos presos políticos, com problemas de saúde, disseram-me que pretendiam iniciar uma greve de fome", disse o dissidente.

Farinas iniciou a 3 de Junho uma greve de fome para exigir o julgamento dos "responsáveis" pela morte, no início de maio, do dissidente Juan Soto.

Juan Soto, de 46 anos, morreu a 08 de maio num hospital cubano três dias depois de ter sido detido por algumas horas.

Segundo as autoridades cubanas, Soto foi libertado "sem qualquer incidente registado", mas, de acordo com dissidentes cubanos, terá sido espancado durante a sua detenção.

Farinas recusou ser hospitalizado, apesar da deterioração do seu estado de saúde na última semana, alegando não querer ficar a cargo do Estado cubano.

A última de 20 greves de fome do dissidente teve lugar em 2010, durou 135 dias e tinha como objectivo a libertação de prisioneiros políticos.

Guillermo Farinas, de 49 anos, sociólogo e jornalista, foi distinguido com o prémio Sakharov 2010, do parlamento europeu, em representação dos que lutam pelos direitos humanos e pela liberdade em Cuba, mas esteve ausente da cerimónia de entrega do galardão por não ter conseguido autorização para deslocar-se a Estrasburgo.

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