Guerra aproxima Ucrânia da vitória na Eurovisão

A Rússia foi barrada pela organização no dia a seguir a invadir a Ucrânia, no final de fevereiro.
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O Festival Eurovisão da Canção está de volta daqui a duas semanas, com a Rússia excluída e a Ucrânia devastada pelo conflito como favorita a ganhar a competição.

"Stefania", do grupo de rap folk ucraniano Kalush Orchestra foi indicada pelas casas de apostas para vencer a Eurovisão, cuja final este ano vai ser realizada no dia 14 de maio, na cidade de Turim, no norte de itália.

A Rússia foi barrada pela organização no dia a seguir a invadir a Ucrânia, no final de fevereiro.

E com letras como "I'll always find my way back home, even if all the roads have been destroyed" (Vou sempre encontrar o meu caminho de volta para casa, mesmo que todas as estradas tenham sido destruídas), acredita-se que a Ucrânia beneficie de uma onda de apoio do público.

Um grupo das principais casas de apostas no site de fãs Eurovisionworld colocou a Kalusch Orchestra como favorito, com a anfitriã Itália em segundo lugar. A música "Brivdi" de Mahmood e Blanco (Itália) espera repetir o sucesso do seu país no ano passado, quando a banda Maneskin triunfou com "Zitti e Buoni" e alcançou fama mundial.

Mas com a Eurovisão, que no ano passado atraiu 180 milhões de espetadores em toda a Europa no ano passado, tudo é possível.

"O público mostra um forte apoio à Ucrânia, mas eu não diria que a Ucrânia vai vencer", disse Dean Vuletic, historiador e perito em geopolítica da Eurovisão. "Em 1993, a Bósnia e a Croácia não acabaram bem", apesar de estarem sob ataque, disse Dean Vuletic à AFP. "Embora a canção ucraniana seja forte, há outras entradas de alta qualidade", acrescentou.

Portugal vai estar representado na Eurovisão pela canção "Saudade, saudade" de Maro. A atuação está marcada para 10 de maio, na primeira semifinal. A segunda semifinal acontece a 12. A ida à final depende da classificação obtida.

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