Guardas da GNR queixam-se de receber ainda menos em janeiro
A reposição de 20% dos cortes salariais dos funcionários públicos que passará a vigorar este ano não significa recuperação económica, pelo menos para os profissionais da GNR, denuncia a maior associação sindical da Guarda, a APG/GNR. "Na verdade, há mesmo profissionais da GNR que vão trazer menos dinheiro para casa este mês, na medida em que os valores sujeitos a tributação sobem, com a redução dos 20% da redução remuneratória e, e consequentemente, é aplicada uma taxa de IRS superior, que, no caso dos titulares sem dependentes é extraordinariamente gravosa", sublinha a APG, em comunicado. As declarações feitas pelo Governo sobre eventuais efeitos de recuperação económica para os funcionários públicos "pecam pelo seu teor demagógico, generalista e pouco verdadeiro", na opinião da APG.
"Refira-se, ainda, que nos casos em que a reposição dos 20% resultou num acréscimo efectivo do valor auferido, trata-se de valores absolutamente irrisórios, que estão longe de sequer compensar o poder de compra perdido nos últimos anos e que é bem superior a 20%", acrescenta o comunicado.
A APG/GNR "relembra que as medidas alegadamente transitórias que foram aplicadas em consequência do Plano de Assistência Económica e Financeira tiveram consequências catastróficas no rendimento mensal dos profissionais da GNR e que é precisamente essa realidade que deve ser invertida, pela via da reposição do poder de compra e pela diminuição da carga fiscal, das reduções remuneratórias ainda vigentes e dos descontos para a SAD/GNR".