Guarda prende gangue em Olhão
O grupo é suspeito de cometer violentos roubos por esticão e no interior de casas, sendo os seus alvos preferenciais pessoas idosas que vivem sozinhas em zonas rurais do Algarve.
O mais velho do grupo, com cerca de 60 anos é um polícia reformado da PSP. Este usava os seus conhecimentos como ex-agente nas ações de vigilância e controlo dos acessos aos locais dos crimes, acrescentou Edgar Palma numa conferência de imprensa realizada nas instalações da GNR de Faro.
Segundo o responsável, as autoridades acreditam ter desmantelado um dos grupos criminosos que "trabalhavam de forma organizada há mais tempo no Algarve", alegando que algum do material recuperado deveria ser proveniente de roubos que aconteceram há quatro anos.
Os detidos, que tinham idades entre os 20 e os 60 anos, agrediam as vítimas, sendo considerados "perigosos" e "extremamente frios", sem receio de entrar nas casas que pretendiam assaltar, por arrombamento ou escalamento.
A investigação foi iniciada há alguns meses, contudo só na madrugada de quarta-feira é que a GNR avançou com buscas em cinco casas, num bairro de Olhão. Esta operação envolveu mais de 20 militares e contou com a colaboração da PSP, permitindo assim às autoridades apreender diverso material, nomeadamente ouro, que julgam ter sido roubado e posteriormente vendido.
Além de peças de ouro, a GNR apreendeu também aves exóticas, quatro carros, motos, dinheiro, material informático e de telecomunicações, armas brancas e de fogo, e material usado para arrombamentos.
No início da operação foram de imediato detidos em flagrante três homens que tentavam roubar uma casa numa zona isolada do concelho de Loulé, sendo os outros dois apanhados, após buscas domiciliárias.
Os suspeitos apresentaram-se esta tarde no Tribunal de Faro para a aplicação de eventuais medidas de coação.