Grupos políticos e laicos criticam Governo por financiamento de Jornada da Juventude
O manifesto, apoiado entre outros por Esquerda Unida, Partido Comunista Espanhol e várias organizações laicas e da sociedade civil espanhola, considera "escandaloso que o Governo contribua com 25 milhões de euros para a visita do papa". Fundos, insistem, que saem dos bolsos dos espanhóis para apoiar os gastos de um ato religioso e confessional que, como tal, deveria limitar-se ao âmbito privado.
O manifesto rejeita ainda que o Governo tenha facilitado vantagens fiscais a empresas que tenham estado envolvidas na organização da JMJ, onde se estima participarão mais de um milhão de jovens. Para as organizações que assinam o manifesto é um ato de "desvio de recursos públicos para fins privados", o que, na actual conjuntura se reveste de "gravidade". "Não chega o subterfúgio de que são gastos e honras devidas a um chefe de Estado", afirma o manifesto que considera que Bento XVI não vem a Madrid em representação dos "escassos habitantes" do Vaticano, mas sim como líder espiritual.
Os organizadores da JMJ têm rejeitado as críticas sobre os gastos com a visita e com a JMJ, afirmando que o evento representa uma importante contribuição económica para a cidade de Madrid. Paralelamente ao manifesto, a Esquerda Unida escreveu também à direcção da televisão e rádio públicas (RTVE) exigindo explicações sobre o gasto e a alteração à programação normal para a cobertura da visita de Bento XVI e da JMJ.