Grupo julgado por 60 assaltos
Devido à evidente falta de condições adequadas para os mais de dez advogados de defesa e dos assistentes, a juíza-presidente do coletivo anunciou que ia tentar "continuar o julgamento em Sintra".
A primeira sessão foi preenchida com a identificação de sete arguidos e a marcação das audiências para ouvir as testemunhas de mais de uma centena de ofendidos pelo grupo de oito suspeitos, sob rigorosas medidas de segurança. O filho de um dos dois alegados cabecilhas da rede foi separado do processo para ser objeto de ação tutelar de menores.
Dos sete arguidos, com idades compreendidas entre os 16 e 29 anos, seis estão em prisão preventiva, cinco prescindiram do direito de prestar declarações no início do julgamento. Um manifestou vontade de falar, e outro em esclarecer algumas questões relacionadas com as acusações.
Os arguidos criaram em finais de 2011, um "grupo criminoso" que de forma "reiterada, organizada e indiscriminada" praticaram dezenas de crimes, destacando assaltos à mão armada na via pública, a residências particulares, a estabelecimentos comerciais e a viaturas de transportes de valores, segundo o despacho de acusação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
O desmantelamento da alegada rede criminosa foi anunciado pela Polícia Judiciária(PJ) em agosto de 2012, após uma operação em Loures, Sintra, Santarém, Vila Franca de Xira e Torres Vedras.
Um dos supostos cabecilhas estava evadido desde 2004, enquanto o outro presumível líder do gangue era procurado há vários anos e tinha quatro mandados de detenção por cumprir, segundo fonte da PJ que a agência Lusa teve acesso.
Os arguidos estão acusados de associação criminosa, de dezenas de assaltos e furtos qualificados, de sequestro, de tentativa de homicídio, de ofensas à integridade física, de roubo agravado, de falsificação de documentos, de burla informática, de incêndio e de crime de dano.