Grupo GPS confirma buscas da Polícia Judiciária

O grupo GPS, que tem 20 colégios dos quais 14 têm contratos de associação financiados pelo Estado, confirmou em comunicado que foi alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária (PJ).
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"O Grupo GPS confirma que foram efetuadas buscas pela Polícia Judiciária à sede do Grupo e a algumas entidades a ele ligadas", pode ler-se em comunicado enviado ao início da tarde.

O grupo, que estará a ser alvo de buscas na sequência de uma investigação em que estarão em causa crimes de corrupção, branqueamento e enriquecimento ilícito, segundo avança a TVI, garante ainda que "prestou e continuará a prestar total colaboração às entidades competentes".

Quanto à natureza da investigação apenas refere que o processo está "em segredo de justiça" e que por isso "não é possível, neste momento, adiantar qualquer informação adicional".

O grupo foi alvo de queixas por parte da Fenprof (Federação Nacional de Professores) e de outros grupos de professores relativamente a horários dos professores, que estariam acima do legalmente estabelecido, e de que estariam a ser desviados para os colégios financiados pelo Estado alunos que tinham lugar no ensino público.

De acordo com a Lusa, a PJ está a efetuar cerca de duas dezenas de buscas em vários colégios privados do grupo GPS. Fonte ligada ao processo adiantou ainda que as buscas estão a ser realizadas no âmbito de um processo-crime aberto pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de (DIAP) Lisboa por alegada apropriação ilícita de verbas transferidas pelo Estado no âmbito dos contratos de associação.

O conselho de administração do grupo GPS - educação e formação é presidido por António Jorge Calvete, que foi deputado socialista de 1999 a 2002, eleito pelo círculo de Leiria.

A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) precisou, entretanto, que as diligências de busca decorrem em sociedades, estabelecimentos de ensino e domicílios, todas em referência com grupo privado que beneficia de contratos de associação com o Ministério da Educação.

Segundo a PGDL, as diligências, num total de 24, estendem-se, geograficamente, por vários concelhos do país e envolve a participação de magistrados, inspetores e peritos financeiros e informáticos.

A investigação é dirigida pela 9.ª Secção do DIAP de Lisboa, em colaboração com a Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ.

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