Grupo Boko Haram ataca base militar no nordeste da Nigéria

Na base estariam mais de 700 soldados. Ainda não está confirmado se há vítimas
Publicado a
Atualizado a

Os soldados do grupo jihadista Boko Haram controlaram, na madrugada de sábado, uma base militar no estado de Yobe, nordeste da Nigéria, com mais de 700 soldados, informou fonte militar.

O comandante e 63 soldados conseguiram fugir para o distrito de Geidam, a 60 quilómetros do centro da cidade, confirmou à agência AFP a mesma fonte.

"Ainda não sabemos se há vítimas entre os restantes soldados, só vamos saber mais tarde", disse a mesma fonte, acrescentando que os militares tinham sido "recentemente" destacados para aquela base.

Também no sábado, o Boko Haram atacou as tropas da 81ª divisão, avançando para a vila de Jilli.

Em 09 de julho, o exército da Nigéria entregou à Organização das Nações Unidas (ONU) 183 crianças, resgatadas em vários Estados do nordeste do país afetados pela violência dos terroristas durante quase nove anos.

O grupo, rapazes e raparigas, foi entregue a funcionários das Nações Unidas (ONU) em Maiduguri, capital do Estado de Borno.

No momento da transferência, o tenente-general Nicholas Rogers afirmou-se esperançado de que as crianças recebam "cuidados médicos adequados e apoio".

Em comunicado, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) afirmou que "a libertação chega depois de as crianças, entre 7 e 18 anos", terem sido afastadas dos elementos dos Boko Haram.

No início do mês, cerca de dez soldados foram mortos num ataque atribuído ao mesmo grupo contra a posição militar no sudeste do Níger.

"Temos um balanço provisório de dez mortos, quatro desaparecidos e três feridos", disse, na altura, à AFP o coronel Abdoul-Aziz Touré, porta-voz do ministério nigeriano da Defesa.

O grupo Boko Haram, que na língua local significa "a educação não islâmica é pecado", luta para impor um estado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul.

Desde que a polícia matou em 2009 o então líder do Boko Haram, Mohamed Yusuf, os radicais mantêm uma campanha sangrenta na Nigéria, durante a qual já assassinaram mais de 20.000 pessoas e causaram cerca de dois milhões de deslocados.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt