Um grupo de homens armados, ainda por identificar, atacou hoje a zona diplomática da capital do Burkina Faso, Ouagadougou, causando vários incêndios e envolvendo-se em confrontos com as forças de segurança perto da Embaixada francesa. Segundo a AFP, o ataque fez pelo menos 28 mortos. O governo do país fala em 15 mortos: oito extremistas e sete soldados..De acordo com funcionários da televisão nacional do Burkina Faso (RTB), cujos escritórios estão próximos da embaixada francesa, cinco homens armados saíram de uma carrinha enquanto gritavam "allah-u-akbar" ("Alá é grande"), antes de dispararem e incendiarem o veículo..A RTB refere um "fogo intenso na Embaixada francesa" e diz que os atacantes "começaram a disparar sobre os militares da polícia à sua chegada"..A polícia pediu aos cidadãos que evitem ao máximo o acesso às zonas afetadas pelo ataque enquanto as forças especiais "estão em ação", um apelo partilhado pelo embaixador francês no país, Xavier Lapdecab..Num comunicado, as forças de segurança confirmaram que o ataque decorreu nas redondezas de uma zona onde se encontram vários Ministérios (como Negócios Estrangeiros e Economia) e Embaixadas (Bélgica e Dinamarca)..Outros relatos apontam para vários "ataques simultâneos" nas instalações do Instituto Francês e do Exército, onde "fumo intenso" e várias explosões foram verificadas..As autoridades francesas estão em alerta e o gabinete do Presidente francês, Emmanuel Macron, refere que Paris está atento à situação..A ofensiva acontece três meses após a visita de Macron à antiga colónia francesa..O Ministro dos Negócios Estrangeiros francês não quis confirmar que a Embaixada francesa ou o Instituto Francês tenham sido os alvos do ataque..Nos últimos anos, a capital do Burkina Faso foi alvo frequente de vários atentados de autoria 'jihadista', apontados a lugares representativos do Estado (como escolas e esquadras) ou frequentados por ocidentais..De acordo com os dados mais recentes do Governo burquinabês, mais de 70 pessoas morreram desde 2015 devido a ataques promovidos por grupos 'jihadistas'.