Greve de sete dias de maquinistas do Metro Sul do Tejo
Depois de na sexta-feira ter terminado uma greve parcial de cinco dias, os maquinistas começam hoje uma paralisação que vai durar até ao dia 15 de fevereiro e que, acreditam, vai ter mais impacto na circulação.
"Esta greve é em moldes diferentes, pois é nas últimas três horas de serviço de cada turno. Como os trabalhadores têm horários diferentes, é mais difícil à administração prever e substituir os trabalhadores em greve", disse à agência Lusa Cláudio Silva, do Sindicato dos Maquinistas.
Os maquinistas da empresa, que opera um metro de superfície nos concelhos de Almada e Seixal, defendem a negociação do acordo de empresa de modo a terem o pagamento de subsídios de transporte e de refeição e reclamam ainda alterações nas escalas de serviço e melhores condições de segurança.
O delegado sindical na empresa acredita que esta forma de greve vai provocar "mais supressões de ligações e mais atrasos", apesar de apenas cerca de 60% dos maquinistas serem sindicalizados.
"Já fizemos greve nestes moldes e causou mais problemas, por isso escolhemos fazer sete dias. Esta luta não é contra os passageiros e de modo a causar-lhes problemas, mas culpa das dificuldades que possam ter é da administração, que se recusa a negociar", adiantou.
Além da greve às três últimas horas do serviço normal de cada trabalhador, entre hoje e dia 15 de fevereiro, os maquinistas vão também prolongar a greve ao trabalho extra até 15 de março.
A Lusa contactou a administração do Metro Transportes do Sul, que não comentou esta nova greve na empresa.