Gregory Porter e Sexteto de Lisboa no Angra Jazz

Três dias, seis concertos e dois momentos que se adivinham imperdíveis: as atuações do Sexteto de Jazz de Lisboa e de Gregory Porter.
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Ser nomeado para o Grammy de disco de jazz do ano logo na estreia não é missão fácil. Mais complicado ainda é voltar quatro anos depois e levar, com o terceiro disco da carreira, um galardão para casa. Mas Gregory Porter não é um cantor qualquer e com Liquid Spirit, editado em 2013, mais do que o Grammy para melhor disco de jazz vocal ganhou o estatuto de cantor da moda - o melhor do ano elegeu a Downbeat. Em Portugal, já passou pelo Centro Cultural de Belém, pelo Coliseu de Lisboa, pela Casa da Música e agora está de regresso para encerrar a 17.ª edição do Angra Jazz.

"É o nome mais sonante, mas pensamos que o Lee Konitz será memorável, tem 85 anos mas cada vez que toca reinventa-se e está acompanhado com um trio muito mais novo. O René Urtreger também é um grande senhor do piano francês. E temos o Sexteto de Jazz de Lisboa, que tocou cá há 28 anos, quando foi formado no final dos anos 80, e regressa agora", conta Miguel Cunha, um dos diretores do festival, que tem como um dos objetivos ser, assumidamente, educativo: "Queremos criar o gosto por este género de música."

"Queremos sempre ter um cartaz equilibrado entre o jazz mais mainstream e o mais vanguardista e tentamos que seja variado, normal-mente com um trio clássico, quartetos, voz e instrumentos diferentes", adianta.

Neste ano, além da estrela norte-americana, hoje é a Orquestra Angra Jazz que abre o cartaz para René Urtreger (piano), Yves Torchinsky (contrabaixo) e Eric Dervieu (bateria) cumprirem um dos requisitos dos organizadores.

Amanhã, de saxofone em riste, Lee Konitz junta-se ao trio do contrabaixista Deff Denson num concerto que servirá de aquecimento para o regresso de um dos mais emblemáticos conjuntos de jazz nacionais: o Sexteto de Jazz de Lisboa, que conta com Mário Laginha sentado ao piano. No último dia, sábado, chega o trio do pianista norueguês Tord Gustavsen e, para encerrar o que será 109.º concerto do festival, Porter estará acompanhado pelos ingredientes mais tradicionais do jazz - piano, bateria, contrabaixo e saxofone.

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