Granny: a mais antiga orca do mundo terá morrido

Matriarca centenária, com 105 anos, é um exemplar de pequena população ameaçada no Estado americano de Washington
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A mais antiga orca do mundo está desaparecida há meses e estará morta segundo investigadores que a acompanham há anos, noticiou o jornal britânico The Guardian. Esta matriarca centenária, conhecida por Granny, com 105 anos, é um exemplar de uma pequena população ameaçada de orcas do estreito de Puget Sound, no Estado americano de Washington. Esta presumível morte é descrita como um tremendo golpe numa população já em dificuldades.

A orca Granny ("avózinha") não é vista por investigadores desde meados de outubro, de acordo com o centro para a pesquisa da baleia North America's Pacific Northwest.

"É com pesar que achamos que terá morrido", escreveu o investigador Ken Balcomb - que estuda esta população há quatro décadas - no site daquele centro, no sábado passado. A orca tinha sido vista pela pela última vez a fazer uma viagem para norte, através do estreito de Haro, enquanto procurava comida.

Nos últimos anos, os pesquisadores observaram que Granny conduzia um dos três grupos familiares que compõem a população de orcas residentes de Puget Sound, uma população geneticamente única de cerca de 80 orcas classificadas como ameaçadas de extinção no Canadá e nos EUA.

Facilmente reconhecível por uma meia-lua na sua barbatana dorsal, Granny foi identificada pela primeira vez por investigadores na década de 1970. Mais tarde, estimou-se que tinha nascido em 1911 - um ano antes do Titanic se afundar - com uma margem de 12 anos de erro.

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