Governo vai financiar mais cantinas sociais

"Vamos acabar com o limite de uma cantina social por instituição" e com "o limite de refeições", que passa a existir por cantina, anunciou o Governante, confrontado com o relatório da Confederação Nacional de Instituições Sociais (CNIS) que revela existirem listas de espera e que as refeições são insuficientes.

"Aquilo que iremos fazer com a CNIS, União das Misericórdias e União das Mutualidades Portuguesas é alargar o número de instituições que estão no Programa de Emergência Alimentar (PEA), aumentar o número de refeições e dotações para essas instituições", prometeu o secretário de Estado.

Marco António Costa lembrou que foram disponibilizados 50 milhões de euros ao abrigo do PEA e que "não existe falta de recursos financeiros para estas respostas" sociais, razão pela qual, acrescentou, foi hoje anunciado "um plano de apoios eventuais e pontuais que é necessário dar muitas vezes às famílias" carenciadas.

As declarações do governante foram realizadas em Fátima à margem de uma sessão de esclarecimento do Protocolo de Cooperação 2013-2014 celebrado entre o Governo e o setor social, na qual participaram cerca de 700 representantes de instituições, o conselho diretivo do Instituto da Segurança Social e diretores dos centros distritais da Segurança Social.

O relatório da CNIS de avaliação ao PEA e às cantinas sociais demonstra que há listas de espera na maioria dos distritos.

O documento foi elaborado a partir de um questionário enviado às 207 IPSS associadas da CNIS que em outubro de 2012 tinham a valência de cantina social. Destas, responderam 124.

As cantinas sociais são uma medida incluída no PEA, apresentado em agosto de 2011, havendo nesse ano 62 cantinas em funcionamento.

A 01 de junho de 2012 havia já 210 instituições com cantina social, tendo o ano passado terminado com um total de 595 cantinas distribuídas de norte a sul do país.