Governo opta por saída limpa do programa da troika
O "Diário Económico" escreve hoje que "o Governo vai optar por uma saída limpa do programa da troika. Não vai, pelo menos para já, acionar um programa cautelar. A dificuldade de negociar com os parceiros europeus em período de pré-campanha eleitoral e o facto de o Tesouro português ter já uma almofada financeira equivalente ao que seria a linha de crédito do cautelar são dois motivos funadamentais para explicar a decisão".
Segundo o jornal, "o Executivo não vai mesmo pedir, para já, qualquer apoio, mas tal não quer dizer que não venha a acionar o programa mais tarde. Neste caso, o 'timing' das negociações é funadamental. O atual programa da troika expira a 17 de maio e as eleições europeias estão agendadas para o período entre 22 e 25 de maio (em Portugal a data escolhida foi de 25 de maio). Em pré-campanha para as eleições para o Parlamento Europeu, os parceiros comunitários não querem negociar publicamente um novo programa de apoio, mesmo que seja apenas um linha de crédito cautelar. Além disso, Portugal tem tudo preparado para dispensar o paoio extra. As necessidades de financiamento para este ano, e parte das de 2015, já estão asseguradas. Mais: o Tesouro tem vindo a construir uma almofada de liquidez que é equivalente ao valor de uma linha de crédito que seria negociada num cautelar".