Em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almeida, disse que o ciclo do atual Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) termina este ano e em 2014 passa a ser chamado de "Portugal 2020", envolvendo uma verba de 21 mil milhões de euros no próximo programa.."Foi entregue ontem [quarta-feira] em Bruxelas uma primeira proposta, preliminar que ainda vai ser alvo de conversa, de aprofundamentos e ajustamentos até chegarmos a um acordo [com a Comissão Europeia]", disse..Manuel Castro Almeida adiantou que Portugal vai receber 21 mil milhões de euros em fundos europeus, que começam a entrar a partir de 2014, sendo que 93% desta verba serão dirigidos para as regiões mais pobres do país (Norte, Centro, Alentejo e Açores) e os outros 7% destinam-se às regiões mais desenvolvidas (Lisboa, Algarve e Madeira).."O objetivo dos fundos estruturais é combater as assimetrias de desenvolvimento e, por isso, temos de arranjar mais fundos para as regiões mais pobres", considerou..O secretário de Estado do Desenvolvimento Regional adiantou também que, no "Portugal 2020", o Estado vai investir mais dinheiro na competitividade da economia, na criação de riqueza e no emprego.."No "Portugal 2020" vamos investir menos dinheiro em infraestruturas e equipamentos públicos e, em contrapartida, vamos investir mais na competitividade da nossa economia", salientou..Manuel Castro de Almeida realçou que no próximo programa o Governo decidiu também fazer melhorias no processo de acesso aos fundos.."Temos a noção de que para a maioria das pessoas é muito complexo aceder às regras dos fundos europeus. Queremos tornar os fundos mais próximos de quem queira investir. Tem de ser mais fácil o processo de candidatura, o desenvolvimento e o recebimento dos apoios europeus", sustentou, destacando que todo o processo tem de ser desburocratizado..O secretário de Estado do Desenvolvimento Regional adiantou também que o "Portugal 2020" vai ter [em comparação com o anterior QREN) mais um programa operacional.."Os fundos são organizados em programas operacionais temáticos. Eram três [competitividade, capital humano e investigação, desenvolvimento e inovação'] e agora passam a quatro com um novo programa chamado inclusão social e emprego'", informou..O objetivo, referiu o secretário de Estado, é "promover, ajudar e incentivar políticas ativas de emprego"..Manuel Castro Almeida disse ainda que outra nota a salientar no "Portugal 2020" é o aumento do peso dos programas regionais.."Temos programas nacionais e regionais. Os regionais vão passar a ter um peso maior. Tinham cerca de 30% do conjunto dos fundos e vão passar a ter cerca de 40% dos fundos porque vão passar a ter Fundo Social Europeu", disse..O responsável lembrou que os programas regionais só tinham o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), usado para obras por exemplo, mas agora passam a ter o Fundo Social Europeu dirigido às pessoas.