Governo demitido por presidente da Guiné Bissau recusa-se a abandonar palácio há 13 dias

Os membros do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde acusam o presidente de ter formado um governo ilegítimo
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Os membros do Governo demitido na Guiné-Bissau recusam-se a abandonar o palácio do executivo há 13 dias e estão a receber comida através da Caritas de Bissau, disseram à Lusa elementos no interior do edifício.

Agnelo Regalla, ministro da Comunicação Social do Governo demitido a 12 de maio pelo Presidente guineense, José Mário Vaz, adiantou à Lusa que vão continuar no palácio até que "haja uma solução justa" para o que reivindicam, que é "a reposição da legalidade".

Para o Governo demitido, cabe ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) formar uma nova equipa governativa e não a um elemento indicado pelo chefe de Estado.

Questionado sobre a situação no interior do palácio do Governo, onde ninguém entra desde domingo, por ordens do novo executivo, Agnelo Regalla indicou que na segunda-feira receberam comida através da Caritas de Bissau.

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As forças de segurança que patrulham o palácio têm ordens para não deixar entrar ninguém nem alimentos, facto denunciado pelos ex-dirigentes, que o consideram atentatório dos direitos humanos.

Para avaliar a situação humanitária no palácio, onde se encontram cerca de 200 pessoas, uma delegação de religiosos, integrada, entre outras, pelo bispo de Bissau, José Camnaté Na Bissign, e pelo imã, Mamadu Cissé, reuniu-se com os ex-membros do Governo.

No mesmo dia, membros das organizações da sociedade civil guineense estiveram no palácio para exortar os ex-dirigentes a abandonarem aquelas instalações "por ser uma forma errada de luta política", sublinharam.

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O palácio continua a ser abastecido com água canalizada e energia elétrica.

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