Governo de Sócrates pôs os Mirós à venda

Dois dias após eleições, o então secretário de Estado do Tesouro assinou relatório em que as obras se tornam ativos para vender.
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O secretário de Estado do Tesouro e das Finanças do anterior Governo, Carlos Costa Pina, assinou por baixo o relatório e contas de 2010 do BPN onde os quadros de Miró passam à categoria da "ativos correntes detidos para venda". Outro despacho do mesmo governante diz que estes não fazem parte da área core do negócio do banco. Os documentos foram anexados a uma resposta ao ministério das Finanças da Parvalorem, sociedade que visa a recuperação de ativos do BPN, em março, a pedido do CDS/PP, um dos partidos da coligação do atual Executivo.

"Visto. Conhecimento a vossa excelência o MEF [ministro de Estado e das Finanças, à data Teixeira dos Santos]", escreveu à mão Carlos Costa Pina no final do Relatório e Contas. A assinatura tem data de 7 de junho de 2011, dois dias depois de José Sócrates ter perdido eleições legislativas para Pedro Passos Coelho. O DN não conseguiu ontem chegar à fala com Costa Pina.

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